17 de out. de 2009

AMOR CONCRETO


AMOR CONCRETO
(uma fábula minimalista)


Rouca, engoliu-lhe a língua louca.

– Só mais uma como aquelas – rosnou, como a propor asas de estilo à despedida; enquanto as mãos já invadiam-lhe a cueca, apertando-lhe o pênis, os testículos..., dois dedos lendo-lhe o ânus.
. . .
Alcançada a plena satisfação física, as últimas satisfações emocionais.
Depois de anos,
em fim,
concluíam:

Nossa história de amor se edificou sobre o sexo.
Muito, muito cimento – virou puro concreto.
Amor mesmo, aquela coisa abstrata que une dois corações,
jamais houve o suficiente para evitar-se a implosão.

Não se veriam nunca mais.

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3 comentários:

  1. Um texto repleto de metáforas
    e em suas entrelinhas
    mensagens muito edificantes
    Parabéns !

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  2. a saLdade de seus textos me fez voltar.

    prazer em te ler, poeta.

    bjsssss;

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  3. Olá poeta! Por onde andas que não mais te vejo?
    Um abraço, Rose.

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