AMOR CONCRETO
(uma fábula minimalista)
(uma fábula minimalista)
Rouca, engoliu-lhe a língua louca.
– Só mais uma como aquelas – rosnou, como a propor asas de estilo à despedida; enquanto as mãos já invadiam-lhe a cueca, apertando-lhe o pênis, os testículos..., dois dedos lendo-lhe o ânus.
. . .
Alcançada a plena satisfação física, as últimas satisfações emocionais.
Depois de anos,
em fim,
concluíam:
Nossa história de amor se edificou sobre o sexo.
Muito, muito cimento – virou puro concreto.
Amor mesmo, aquela coisa abstrata que une dois corações,
Amor mesmo, aquela coisa abstrata que une dois corações,
jamais houve o suficiente para evitar-se a implosão.
Não se veriam nunca mais.
__________________